Carnaúba

A palmeira de vida longa já teve sua beleza e exuberância divulgada em páginas da literatura brasileira. Escritores como Mário de Andrade, José de Alencar e Euclides da Cunha a destacaram em suas obras. Seu nome é derivado do tupi e significa árvore que arranha, por conta da camada de espinhos que cobre a parte inferior do caule. A carnaúba, pode atingir 10 a 15m de altura, é uma planta de caule reto e cilíndrico. O tom das folhas é verde, levemente azulado, em virtude da cobertura de cera. Estudos indicam que a cera natural é uma proteção da carnaúba para evitar a perda de água e, assim, adaptar-se bem as regiões secas, como a Caatinga. As flores são pequenas e de cor creme. Os frutos, dispostos em cachos com centenas de
unidades brilhantes, esverdeadas quando jovens e roxas quando maduras.

Ocorre em grande abrangência nos estados do Ceará, Piauí, Maranhão e Rio Grande do Norte. Também pode ser encontrado nos estados de Alagoas, Bahia, Paraíba, Pernambuco e Sergipe.
Há também registros da presença dessa espécie em Tocantins, situado na região Norte, além do estado de Mato Grosso, localizado na região Centro-Oeste do país.

Os frutos são comestíveis, podendo ser usados como ração animal quando verdes; do fruto seco podem ser extraídos óleos vegetais. Quando
secas, as folhas podem ser utilizadas na confecção de artesanato e cobertura de casas. Porém, a mais conhecida utilidade da carnaúba é a produção de cera, extraída das folhas e amplamente utilizada em vários setores.

É frequentemente utilizada na arborização em áreas litorâneas. Essa espécie possui funções importantes para o equilíbrio ecológico da região, como a conservação da fauna, solos, cursos d’água e mananciais hídricos.

Em comunidades do Nordeste, a raiz da carnaúba é empregada na forma de elixir para tratamento de úlceras, erupções cutâneas e reumatismo, dores de coluna, e também como diurético.